Anatomia de um mapa

O mapa não é o território assim com nossa percepção não é a realidade. Você usa um mapa orientar num terreno. Se você confiar no mapa você seguirá suas orientações com confiança. Um bom mapa lhe permitirá ir mais longe com menos erros. Esta metáfora do mapa tenta monstrar-nos que nós também nos guiamos por um mapa interno. Que seguimos a orientação deste mapa para tomarmos decisões. O ponto mais importante desta comparação é que "não temos acesso à realidade, e sim à uma percepção da mesma". A compreensão deste fato tem impactos gigantescos no nosso modo de viver.

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Isto significa que posso estar percebendo coisas que não são "reais"?

Sim! Todos temos uma estratégia mais ou menos parecida para determinar o que é ou não real. Se vemos um bolinho de carne e sentimos seu cheiro, normalmente é o suficiente para acreditar que há um bolinho de carne à nossa frente. Mas se ao tocá-lo sentirmos que a textura é de um plástico, mudamos imediatamente nossa conclusão. É uma imitação de bolinho. E se ao tentar tocá-lo você não sentir nada, então estará atrás de uma estranha ilusão de ótica.

Então uma boa estratégia é a coerência entre os sentidos. Vejo, toco, sinto a textura, o cheiro e o gosto, ouço um som coerente…ok! É real. Se falhar em algum destes testes, parecerá real, mas terá algo estranho!

Você começa a notar que o mundo "real" parece depender da integridade dos seus sentidos, não é mesmo?

Ok, mas até aqui estamos falando de coisas "perceptíveis" aos sentidos. E se falarmos de sentimentos, emoções, intenções, futuro? Bem, agora pode ficar mais e mais complicado decidir o que é "realmente real"! A realidade neste cenário parece depender de consenso geral.


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